Primeiramente tenho que deixar claro que tive dois momentos ao testar a nova versão do ReactOS, o primeiro foi antes do feriado ao baixar a versão Live CD e constatar que não haviam mudanças em relação a versão Trunk Build 40257 testada pelo blog à algumas semanas atrás (leia aqui), e a segunda ao retornar do feriadão e baixar a versão de instalação do ReactOS 0.3.9 e constatar pela primeira vez que a versão Live CD não correspondia em recursos à versão de instalação; fui da frustração à euforia porque a nova versão 0.3.9 trás diversos novos recursos há muito esperados pelos usuários do ReactOS, mesmo que não estejam ainda acabados. A implementação de um recurso similar ao DirectX, chamado de ReactX, já está presente e apesar de não estar completo parece ser responsável por já ser possível rodar vídeo no ReactOS – ao menos a proteção de tela ao estilo Matrix que é disponibilizado está funcionando corretamente, exibindo a animação correspondente.
Dos novos recursos disponibilizados na versão 0.3.9 do ReactOS, temos também um Media Player, chamado de ‘Multimedia Player’.
Um atalho para o ‘msconfig’ foi criado no menu do sistema.
O gerenciador de controladores de jogos já aparece com algumas opções concluídas – antes tínhamos apenas o ícone no painel de controle do sistema.
As conexões de rede também parecem estar concluídas visto que todas as janelas similares às que temos no Windows estão prontas.
O recurso de adicionar e remover programas em duplicidade percebido durante o teste da versão Trunk Build 40257 foi eliminado (mas a versão Live CD ainda apresenta os dois) e restou o novo sistema, que ao que parece disponibilizará no futuro uma forma de instalação de programas online, similar ao que fazem as distribuições Linux ou os sistemas de smartphones.
O recurso de opções de pastas foram implementados e há a opção de usar as ‘pastas clássicas do ReactOS’, o que pode indicar uma mudança futura na interface do sistema, visto que hoje só a aparência clássica ao estilo Windows 98 está disponível.
Como dois leitores que me escreveram observaram bem, todas estas novas implementações trouxeram juntas consigo um maior consumo de memória do sistema, e se antes da versão 0.3.9 o ReactOS consumia sozinho apenas 56MB de memória RAM, agora o sistema já está consumindo perto de 100MB.
Conclusão
Muitos dos novos recursos descritos nestas primeiras impressões com a nova versão 0.3.9 do ReactOS precisam ser checados quanto à sua funcionalidade, o que será feito no decorrer do tempo ao iniciarmos os testes corriqueiros com esta nova versão.
Para aqueles leitores que baixaram a versão Live CD e se decepcionaram, recomendo baixar a versão de instalação e instalar em um computador ou em uma máquina virtual para verem por si mesmos os novos recursos implementados.
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eu acho que esse sistema esta caminhando a um patamar de fracasso
acabei de testar aque na vm e ele nem estalou sendo que lendo que ele jah esta consumindo 100mb
Eu já penso o contrário, este sistema esta seguindo o caminho certo, o mesmo caminho que seguiu o FreeDos, contudo creio que seria melhor investir na compatibilidade de API do sistema do que em programas end user, gostei muito da idéia do ReactX.
Assim ao invés de fazerem um paint, um multimidia player, deve-se sim fazer rodar o VLC, o MPlayer e outros programas utilizando o conceito de compatibilidade de API que nem de longe é fácil.
Mas pelo caráter do projeto em si, esses detalhes descritos por mim acima são realmente insignificantes.
Mas agora imagino o inferno que deve ser fazer a engenharia reversa da API do Windows, já que o próprio pessoal do Wine admitiu que a API do Windows é um verdadeiro macarrão sem sentido, e considerando os diferentes níveis de aplicações que temos por ai acaba sendo impossível determinar uma interface de comunicação para isso, ainda mais se formos considerar os produtos da própria Microsoft que usa de recursos mais baixos e específicos da API deles mesmos (por essas e outras razões que aplicações Microsoft rodam melhores que aplicações de terceiros, o que para mim isso é injusto).